Resultados do projeto Viv-A-rte emocionam educadores sociais

Crianças carentes são integradas ao projeto
Ascom/Pedro Augusto

Mais de quatro mil crianças, jovens e adolescentes em situação de risco social que vivem na periferia de Itabuna não podem reclamar da falta do que fazer no dia a dia. Não depois de ingressaram no Viv-A-rte, um importante projeto de integração social da Prefeitura e Fundação Marimbeta, que tem movimentado 45 bairros periféricos com atividades nas áreas de esporte, saúde, educação, jurídica e de cidadania. Os resultados surpreendentes já começam a aparecer e emocionam.   

“Quando percebemos jovens que chegaram extremamente rebeldes, alguns até usando drogas, sendo transformados em pessoas sociáveis, com vontade de mudar e aprender algo nos toca profundamente. Sentimos que vamos conseguir nosso objetivo que é o de transformar o individuo em um ser melhor”, declara a educadora social Vilmara Gomes, responsável por atender cerca de 40 participantes na Vila de Mutuns em um dos pontos do projeto. Nas outras áreas a situação não é diferente.

No bairro Fonseca, por exemplo, o educador Cassius Patrick também confirma a boa receptividade e o sucesso que o projeto está fazendo, apesar de implantado há pouco tempo. “Nós conseguimos resgatar alguns jovens antes que chegassem às drogas e isso, além de ser o grande diferencial do Viv-A-rte, nos emociona e nos motiva a continuar na busca das comunidades e dentro das próprias casas deles”, afiança.

Patrick reforça o pensamento do prefeito Claudevane Leite que acredita que jovens mais vulneráveis e carentes só precisam de oportunidades como a que está sendo oferecida pela Fundação Marimbeta, por meio do projeto Viv-A-rte. Para o presidente da Fundação, José Teles da Silva Júnior, este não é mais um programa, é sim uma revolução social que integra o Cidade de Paz, o maior e mais ousado projeto do prefeito Vane, visando o combate à violência principalmente entre os jovens.

Junior Teles explica que o trabalho do Viv-A-rte na periferia já começa com a identificação de crianças e do jovem que vivem maior perigo social, como aqueles que maltratados ou vítimas de abuso sexual pelos próprios pais ou padrastos. “Identificados os problemas específicos de cada comunidade, vamos trabalhar a transversalidade dentro daquela realidade, com a participação efetiva das famílias que também participam de oficinas profissionalizantes”, explicita.     

O presidente da Fundação Marimbeta explicou que alunos matriculados em cada um dos núcleos podem participar de todos os demais núcleos, como Esporte, Saúde e Tecnologia, Cultura e Cidadania. “O importante é que ele saiba que os problemas tem solução, que é possível mudar e que existe esperança de um futuro melhor, essa é a essência do projeto”.

O Viv-A-rte foi implantado no final do ano passado e é desenvolvido nas cinco unidades da Fundação Marimbeta, Vila Olímpica, Grapiuna Tênis Clube, igrejas, sedes de associações de moradores, quadras esportivas, CSU e na Casa Núcleo Viv-A-rte Irmã Adelaide, recentemente inaugurada no bairro de Zizo.

A unidade do Zizo foi transformada em Centro de Referência por ser a única com estrutura completa com salas de música com instrumentos profissionais de orquestra, oficinas de balé, fotografia, rádio, informática, capoeira e uma sala de atendimento médico com o apoio de uma estagiaria de medicina da Uesc, supervisionada por uma medica da unidade de saúde do bairro. A proposta da é ampliar o número de unidades referenciais nos demais bairros.          

O projeto está sendo executado em parceria com as secretarias municipais de Esportes e Recreação, da Saúde e FICC - Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania e RVC Assessoria e Consultoria do Projeto Minha Casa Minha Vida da Caixa Econômica Federal. Conta com uma equipe forma por psicólogos, assistentes sociais, orientadores educacionais, 58 oficineiros das áreas artística, de esporte e pedagogia e quatro supervisores, sob a coordenação da gestora cultural e mestranda em Saúde Pública, Dayse Santos.